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Helder Ferreira - Professor e consultor em organizações tecnológicas e retalhistas

Helder Ferreira

Professor e consultor em organizações tecnológicas e retalhistas

Com mais de 25 anos de experiência em retalho, Helder Ferreira é, actualmente, professor e membro investigador no Strategic Design and Innovation Lab da UNIDCOM-IADE. Além disso, desenvolve actividade nas áreas de advisory board, consultoria em retalho e projectos de inovação.

Nos últimos anos, Helder Ferreira tem também colaborado, enquanto professor convidado, em programas de ensino superior, porque acredita que “ensinar é uma oportunidade imperdível de aprendizagem”.

Com licenciatura em Gestão de Empresas, mestrado em Marketing e a terminar o doutoramento em Gestão, Helder Ferreira é um dos convidados especiais na Connecting Stories da PARTTEAM & OEMKIOSKS.

1. Com mais de 25 anos de experiência em retalho, pode falar-nos um pouco sobre a sua jornada e experiência profissional, bem como dos cargos que ocupa actualmente?

Ao longo dos últimos anos, tive a oportunidade de ocupar diferentes funções e responsabilidades que me permitem ter uma visão global e estratégica sobre retalho alimentar. Nesse sentido, actualmente colaboro enquanto advisor e consultor com diversas organizações tecnológicas e retalhistas que, de algum modo, estão sinergicamente ligadas ao negócio retalhista.

2. Em Portugal quais são as principais tendências no sector do retalho? Seguem a mesma linha que se verifica a nível global?

É inevitável. O sector de retalho nacional segue uma tendência global e, geralmente, incorpora tendências verificadas em economias mais robustas e desenvolvidas. Sinto, contudo, que o tempo de adopção tem vindo a reduzir-se substancialmente.

A evolução do comportamento do consumidor, a par dos avanços tecnológicos, configuram, desde logo, os principais motivos para as tendências verificadas. Os clientes estão cada vez mais informados, mais exigentes e, sobretudo, valorizam mais o tempo despendido com tarefas de menor importância. Nesse sentido, imperará, por um lado, uma lógica racional de tornar as compras mais rápidas, eficientes e produtivas. E, por outro lado, uma lógica mais emocional que clama por experiências mais hedónicas.

Posto isto, para ambas as situações, temos tecnologias emergentes que vêm dar resposta aos diferentes tipos de comportamento do consumidor, o que é, per si, desafiante.

As tecnologias ocupam um espaço muito relevante na oferta dos retalhistas.
Helder Ferreira - Professor e consultor em organizações tecnológicas e retalhistas - Connecting Stories PARTTEAM & OEMKIOSKS

3. Que importância têm as tecnologias neste sector?

Como referido anteriormente, as tecnologias ocupam um espaço muito relevante na oferta dos retalhistas, seja, como vimos, na experiência utilitária ou na hedónica, i.e., mais experiencial. A tecnologia estará, cada vez mais, presente no retalho, de modo a melhorar a experiência do cliente (e.g., redução de filas, conhecimento de produtos, consultas rápidas, optimização), mas também dos colaboradores, facilitando a aprendizagem, alavancando conhecimentos específicos e apoiando nos processos de venda, de forma evolutiva e assertiva.

Para as organizações, é esperado que possa contribuir para o aumento de eficiência, redução de custos e melhoria na oferta experiencial, independentemente do seu posicionamento.

4. Como têm evoluído as preferências dos consumidores ao longo dos anos?

A evolução de preferências dos consumidores não se pode desprender daquilo que é a nossa realidade. Temos gerações mais educadas e informadas, bem como tecnologia e acesso (quase) universal. Nesse sentido, o comportamento de compra tende a acompanhar aquilo que é o próprio desenvolvimento da sociedade. Razão pela qual se assiste à migração de negócios físicos para o online (nalguns casos, o inverso também ocorre ou poderá ocorrer) e à melhoria da oferta experiencial, o que me leva a falar de uma experiência híbrida, omnicanal.

Mais uma vez, a tecnologia terá um papel muito relevante nessa integração e interacção entre o mundo virtual, físico e os utilizadores (clientes e colaboradores).

5. Tem investigado sobre Gamification e, actualmente, coordena uma pós-graduação em Gamification. O que o levou a enveredar por esta área?

Associada, inevitavelmente, a jogos, a Gamification é muito mais que isso. De forma muito abreviada, é uma forma de agir que encontra, no design, elementos e pensamentos de jogos, mecanismos de motivação passíveis de serem utilizados (com ética) junto de consumidores, colaboradores e comunidades.

Helder Ferreira - Professor e consultor em organizações tecnológicas e retalhistas - Connecting Stories PARTTEAM & OEMKIOSKS

Vários exemplos mostram extraordinários benefícios da sua aplicação. Nesse sentido, entendo que é necessário desenvolver e aprimorar conhecimento nesta área específica, de modo a potenciar (novos) negócios e o bem-estar geral.

O exercício de liderança praticado todos os dias influi o sucesso das organizações a longo prazo.

6. Num artigo seu afirma que “a liderança é determinante para o sucesso das organizações”. Utilizando também as suas palavras, de que forma é que se pode “gamificar a prática da liderança”?

Não tenho qualquer dúvida que o exercício de liderança praticado todos os dias influi o sucesso das organizações a longo prazo. Se os ‘ventos’ forem favoráveis a uma determinada organização, o tipo de liderança pode ser indiferente nos resultados de curto prazo. No entanto, a médio/longo prazo, em condições de competitividade extrema, global e com ventos ‘adversos’, a qualidade da liderança faz toda a diferença.

Assim sendo, “gamificar a prática de liderança” implica que os líderes ‘joguem’ todos os dias o seu ‘match’ de liderança. Isto é, reflictam, desafiem-se a si próprios, cooperem em equipas e em parcerias, promovam o desenvolvimento dos players (i.e., colaboradores), reduzam e eliminem ‘ruídos’ e ‘gorduras sociais’, promovam o bem estar colectivo e pratiquem filantropia, entre outras dinâmicas possíveis e aplicáveis.

7. É CEO e fundador da gXe. Em que consiste este projecto e qual é o seu propósito?

O projecto gXe divide-se essencialmente em duas áreas de actividade confluentes para a melhoria de desempenho dos negócios e das pessoas, a nível individual e colectivo. A saber, para o acrónimo gXe:

g - Produzimos, cooperamos e potenciamos soluções de Gamification para pessoas, comunidades e organizações.

e - Construimos, desenvolvemos, formamos, avaliamos e propomos soluções para melhorar a experiência do cliente (a nível interno e externo).

X - Não estamos sós. Queremos colaborar com parceiros especialistas em diversas áreas de actividade para acelerar e potenciar oportunidades de negócio. X é, por isso, o factor multiplicador que pretendemos exponenciar.

8. Para além disso, colabora, enquanto professor convidado, em programas de ensino superior. O que o atrai na área da Educação?

Considero, desde logo, um privilégio poder desempenhar este papel. Primeiro, porque o ensino desafia a aprendizagem contínua e, segundo, porque sinto que posso contribuir para o desenvolvimento de pessoas e, de alguma forma, fazer parte da sua jornada.

Na verdade, nesta fase da minha vida, é um gosto enorme poder compartilhar não só a teoria, mas também a experiência prática. Entendo que os estudantes valorizam muito essa parte.

9. Que projectos tem em mente para o futuro?

Os projectos para o futuro passam por capacitar e desenvolver a gXe, apoiar e potenciar negócios em diferentes etapas e áreas afectas ao retalho.

A PARTTEAM & OEMKIOSKS deverá continuar a senda de sucesso que tem alcançado.

10. Sendo a PARTTEAM & OEMKIOSKS líder no desenvolvimento e exportação de mupis digitais e quiosques multimédia para o mercado internacional, qual a sua opinião sobre a PARTTEAM & OEMKIOSKS, os seus produtos e a sua estratégia de internacionalização?

​Antes de mais, deixe-me parabenizar o trabalho que têm feito. É merecedor e credível.

A PARTTEAM & OEMKIOSKS deverá continuar a senda de sucesso que tem alcançado, se quiser, tendo em consideração as premissas referidas acima. Por um lado, maximizar a eficiência, melhorar a informação e comunicação com os consumidores, de modo a permitir optimizar serviços, melhorar a experiência de compra e consumo e aumentar o engagement com as marcas. Os produtos PARTTEAM & OEMKIOSKS são uma óptima ferramenta para esse efeito.

Avizinham-se, ainda, enormes oportunidades e possibilidades, tais como: integrar virtualmente experiências nos espaços físicos, potenciar e inovar acções de comunicação através dos vossos dispositivos, e “last but not least”, integrar tecnologias que facilitem vendas e proximidade com o consumidor, potenciando negócios e relações emocionais fortes.

Connecting Stories é um espaço editorial conduzido pela PARTTEAM & OEMKIOSKS que consiste na realização de entrevistas exclusivas, direccionadas a personalidades influentes, que actuam em diferentes sectores de actividade.

O projecto, idealizado pela PARTTEAM & OEMKIOSKS, contempla a publicação de histórias de sucesso, por meio de pequenas entrevistas a influenciadores que queiram compartilhar detalhes sobre os seus projectos, opiniões, planos para o futuro, entre outros assuntos.

A ideia é conectar histórias, partilhar conhecimento, desenvolver networking e gerar conteúdos que possam fornecer novas visões, oportunidades e ideias.

Sobre a PARTTEAM & OEMKIOSKS

Fundada em 2000, a PARTTEAM & OEMKIOSKS é uma empresa portuguesa de TI mundialmente reconhecida, fabricante de quiosques multimédia de interior e exterior, equipamentos self-service, mupis digitais, mesas interactivas e outras soluções digitais, para todos os tipos de sectores e indústrias. Para saber mais acerca da nossa história, clique aqui.

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