Márcio Miranda

1. O Marketing Digital faz parte do seu dia-a-dia há mais de dez anos. Fale-nos um pouco do seu percurso até integrar a equipa digital da Delta Q.

As coisas foram acontecendo de forma natural.

O Digital “entrou” na minha vida em 2010, através dos conteúdos. Era assistente de marketing no Grupo Rumos e o digital começava a ter um papel importante na comunicação da marca. O website era um canal de divulgação da oferta formativa e a minha função consistia em atualizar os conteúdos através de CMS (backoffice).

Sem "querer", tinha assim o meu primeiro contacto com SEO

Antes de chegar ao Grupo Nabeiro fui Digital Account Manager na Arena Media e Digital Marketing Manager na Mundicenter. Confesso que considero uma grande mais valia a passagem por agência, pois permite-nos desenvolver competências de estratégia e planeamento muito apuradas além de nos dar uma visão 360 do ecossistema digital fruto dos vários projetos que são trabalhados pelos diversos clientes.

Paralelamente, e porque gosto muito da vertente prática, desenvolvo projetos enquanto freelancer para PME, dou formação na FLAG e sou professor convidado na Cadeira de Publicidade Online no ISVOUGA.

2. Integrou recentemente a equipa de marketing da Delta Q. Quais são os principais desafios que enfrenta no seu dia-a-dia como membro de uma marca que se apresenta como líder do mercado nacional?

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O Grupo Nabeiro é de facto uma empresa impar. A inovação está no seu ADN.

Quer estejamos a falar no desenvolvimento de novos produtos e serviços, como foi o caso do mais recente lançamento do eQo a primeira cápsula 100% biodegradável, quer no desenvolvimento de um novo portal de ecommerce assente em sistemas de Business Intelligence que nos vai permitir gerar uma melhor experiência ao utilizador enquanto navega na nossa loja online convertendo processos físicos em processos totalmente digitais, garantindo uma experiência de utilização omnicanal nos vários touchpoints que tem com a marca.

O foco da minha função assenta 4 vetores: estratégia digital, performance & media, analytics e ecommerce.

Em conjunto com a equipa, procuramos dar resposta aos momentos de comunicação das marcas, sendo a comunicação entre os vários interlocutores um elemento crucial no sucesso das estratégias a implementar.

Outro ponto relevante é a necessidade de trabalhar em ferramentas que nos permitam ser Data Driven Oriented na escolha das melhores táticas a implementar. Por fim uma boa gestão de processos e procedimentos no pipeline de tarefas também são também um ponto importante no dia à dia.

3. O livro “Marketing Digital & E-Commerce”, no qual participou como co-autor, é ótimo para iniciantes no Marketing Digital. Quais são são as 3 principais dicas que tem para quem quer iniciar um percurso profissional nesta área?

Foi um grande privilégio, participar neste projeto. O livro tem uma particularidade muito interessante, além dos excelentes profissionais que foram co-autores: Está muito orientado para a publicidade online, onde o leitor consegue adquirir ferramentas e ter dicas que pode implementar no seu negócio para começar a gerar resultados.

As principais dicas para quem quer começar no Marketing Digital: Mais do que ler e tirarem formações, metam também as mãos na massa sem medo de errar, explorem todas as áreas do digital para uma visão integrada e depois foquem na área onde podem gerar mesmo valor e sejam consistentes. Creio que é um bom ponto de partida.

4. Sabemos que a indústria automotiva é uma área na qual tem grande interesse. Quais são as vantagens da correlação entre o setor tecnológico e esse mercado?

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Sim, sou um grande apaixonado pelo universo automóvel e acredito que é das áreas de negócio que mais está a evoluir neste novo ecossistema tecnológico.

Mobilidade urbana, economia partilhada, eletrificação, condução autónoma, conetividade via 5G que tornará tudo muito mais rápido na partilha de informação entre os automóveis e compras de automóveis 100% online, são temáticas que estão na ordem do dia e que merecem a atenção das marcas para acompanhar esta transformação tecnológica que o setor está a viver.

A isto, junta-se uma geração de novos consumidores que olham para o automóvel de uma forma completamente diferente da que os nossos pais olhavam.

O sentido de propriedade é preterido pela flexibilidade tornando as marcas quase que um prestador de serviços. Imagine-se um sistema Netflix aplicado ao setor automóvel?

Novas perspetivas/oportunidade como esta, levam as marcas a terem que se reinventar na forma como apresentam os seus produtos ao mercado e essencialmente como os comunicam no que diz respeito à sua proposta de valor.

Aqui, tecnologia, é sem dúvida a linha que une estes pontos. Já não é “suficiente” um simples facelift no modelo, importa sim a criação de propostas verdadeiramente disruptivas e que permitam ao consumidor verdadeiras experiências a bordo. Tenho para mim que os automóveis serão uma espécie de telemóvel com rodas. A TESLA é um bom exemplo do que falo.

5. Foi orador no Social Media Hackathon, um evento sobre Social Media e Marketing Digital. Como orador deste evento e, uma vez que dá formações na mesma área desde 2011, o que considera serem aspetos chave na criação de laços com a audiência, de modo a contribuir para as relações interpessoais, promovendo o enriquecimento conjunto?

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Foi a primeira vez que fui orador num evento, por isso é fácil imaginar todo o turbilhão de emoções que senti, segundos antes de pisar o palco.

Quero deixar uma nota de parabéns para a equipa da SWONKIE, entidade organizadora, e em particular para o meu amigo João Cortinhas:

Juntar mais de 400 pessoas em Vila Nova de Famalicão para falar sobre marketing digital é de facto notável.

Sê autêntico, genuíno, próximo e sempre disponível para as pessoas. Não sei se são os aspetos chave, mas são os que me caracterizam. Creio que nesta área digital, importa também “não teres medo” de partilhar resultados, dentro do que pode ser partilhado claro está, e demonstrar como as coisas verdadeiramente se deram, os problemas que tiveste, as soluções que implementaste e as lições que dali retiraste para aplicações futuras. É isso que gera valor e crescimento conjunto a meu ver.

6. Sabendo que a PARTTEAM & OEMKIOSKS disponibiliza diversas soluções tecnológicas (mupis digitais, quiosques multimédia de interior e exterior, equipamentos self-service, displays, softwares, etc), quais as que considera de maior interesse para a Delta Q? Qual a sua opinião sobre a PARTTEAM & OEMKIOSKS?

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Confesso que tomei contacto com a PARTTEAM & OEMKIOSKS pela primeira vez no Social Media Hackathon.

Acredito que todas as soluções tecnológicas que permitam uma boa experiência do consumidor e a marca, devem ser avaliadas e adaptadas de acordo com os objetivos estratégicos e de negócio de cada empresa.

No entanto, uma empresa com 19 anos de mercado, um portefólio de produtos e serviços que oferecem soluções tecnológicas integradas, bem como projetos desenvolvidos para algumas das principais marcas mundiais são um excelente cartão de visita, e que certamente fazem da PARTTEAM & OEMKIOSKS uma opção a considerar por parte das marcas nos seus planos de marketing ou ativações digitais.