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Ricardo Costa - CEO do Grupo Bernardo da Costa - Connecting Stories PARTTEAM & OEMKIOSKS

Ricardo Costa

CEO do Grupo Bernardo da Costa

Considerado um dos melhores gestores com menos de 40 anos em Portugal, Ricardo Costa é CEO do Grupo Bernardo Costa e administrador de diversas empresas do grupo, como IBD Global Portugal, IBD Global España, A-Touch Winwel, AVPro, Academia Bernardo da Costa, Global America e SGC Cameroon.

Licenciado em Engenharia e Gestão Industrial pela Universidade Lusíada de Vila Nova de Famalicão e titular de um MBA Internacional realizado na Católica Porto Business School, Ricardo Costa foi pioneiro ao criar na empresa um Departamento da Felicidade, em 2017.

Ricardo Costa, actual presidente da Assembleia Geral da APSEI – Associação Portuguesa de Segurança (onde foi presidente da Direcção entre 2016 e 2018) e do Conselho Fiscal da Habitat for Humanity Portugal, é um dos convidados especiais na Connecting Stories da PARTTEAM & OEMKIOSKS.

1. É CEO de uma empresa fundada há mais de 60 anos pelo seu avô. Pode falar-nos um pouco da sua jornada e da sua experiência profissional?

Apesar de ter feito alguns testes psicotécnicos que indicavam Medicina como a área onde me iria sentir melhor na minha actividade profissional, há já 24 anos que tomei uma das decisões mais importantes da minha vida: candidatar-me ao curso de Engenharia e Gestão Industrial (EGI) da Universidade Lusíada de Vila Nova de Famalicão. Curiosamente, soubemos recentemente que, em 2020, esta foi a licenciatura com a nota de entrada mais alta em Portugal. Uma outra decisão importante da minha vida foi candidatar-me a presidente da Associação Académica da Universidade Lusíada, em 1998, cargo que desempenhei durante três anos e que coincidiu com os últimos anos do curso. Foi a forma de poder colocar de imediato em prática uma parte da teoria que aprendia nas aulas, principalmente na componente de gestão.

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Iniciei o meu percurso profissional com um estágio na ACO Shoes, em Famalicão, integrado no último ano do curso de EGI. Após terminar a licenciatura, continuei na ACO por mais quatro meses e, em Janeiro de 2002, comecei o meu percurso na Bernardo da Costa & Filhos S.A., na altura a única empresa do que é hoje o Grupo Bernardo da Costa.

Em 2004, constituo a Bernardo da Costa – Comércio de Equipamentos de Segurança, Lda (hoje IBD Global) e é a partir deste momento, e com o sucesso deste projecto, que se começa a formar o Grupo Empresarial da criação ou aquisição, nos anos seguintes, de novas unidades de negócio.

2009 também é um ano importante para mim, pois deu-se início ao percurso internacional com a constituição da Bernardo da Costa Moçambique. A partir daí, surgem os projectos nos Camarões, Brasil e Espanha.

Em 2011, em plena crise económica, assumo as funções de CEO do Grupo, cargo que mantenho actualmente.

2. Quais são as principais áreas de negócio do Grupo Bernardo Costa?

A principal área de negócio, que representa cerca de 65% da facturação, é a distribuição de soluções de segurança electrónica. Tudo o que está relacionado com videovigilância, detecção de intrusão, detecção de incêndio e controlo de acessos.

As outras áreas dizem respeito a instalações eléctricas, formação e consultoria, domótica e casas inteligentes, distribuição de soluções de áudio e vídeo profissional.

Como CEO, tenho de garantir que todas [as pessoas] estão motivadas para superar os objectivos e que encontram o melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

3. Como CEO, que desafios tem encontrado ao longo dos anos?

São vários e muito diversificados. Em 2011, quando assumi as funções de CEO, o país estava em plena crise económica e sob intervenção da Troika. As circunstâncias eram muito difíceis e foi necessário efectuar uma reestruturação profunda na Bernardo da Costa & Filhos S.A. Cerca de 80% dos clientes da empresa entraram em PER/Insolvência e deixaram de cumprir os compromissos de pagamento assumidos. Sendo uma empresa de cariz familiar, ainda foi mais complicado gerir todo o processo. Felizmente, passados nove anos, essa empresa continua em actividade e em pleno crescimento.

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O processo de internacionalização foi outro dos desafios que destaco ao longo do meu percurso. Gerir negócios à distância requer especial atenção e temos de ser muito criteriosos na escolha das pessoas que vão estar no dia-a-dia e nas responsabilidades que atribuímos.

Fazer com que cada uma das pessoas que trabalha no Grupo Bernardo da Costa dê o melhor de si e seja feliz é para mim o maior desafio. Tendo o Grupo cerca de 170 pessoas, é necessário perceber que cada uma delas tem as suas expectativas, medos e ambições. Como CEO, tenho de garantir que todas estão motivadas para superar os objectivos e que encontram o melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

4. Foi considerado um dos melhores gestores com menos de 40 anos em Portugal. O que significa este reconhecimento para si?

Sinto um enorme orgulho e muita satisfação por ter recebido esse prémio. Por um lado, o júri era constituído por pessoas que admiro e algumas delas são uma referência para mim, como, por exemplo, o CEO do Lloyd’s Bank, Antonio Horta Osório. Por outro lado, estava a concorrer com CEO’s ou administradores de grandes empresas, incluindo multinacionais como a Microsoft, Fujitsu, Galp, etc.

Ter ficado em sexto lugar entre mais de 250 gestores foi muito bom e um reconhecimento do trabalho que tenho desenvolvido ao longo dos últimos anos.

5. É também presidente da Assembleia Geral da APSEI e do Conselho Fiscal da Habitat for Humanity Portugal. Que organizações são estas e quais são os objectivos das mesmas?

A APSEI, constituída em 2006, representa as empresas e profissionais de segurança contra incêndio, segurança electrónica, segurança e higiene no trabalho e segurança no transporte de mercadorias perigosas. É a maior comunidade técnica de segurança e acolhe empresas e profissionais individuais de toda a cadeia de valor da segurança, desde o projecto até à exploração e gestão da segurança.

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Ao longo dos últimos 14 anos, o trabalho da APSEI tem-se reflectido na melhoria do quadro legal e normativo do sector e no incremento da qualificação das empresas e da competência dos técnicos. Nesta medida, é parceira do Ministério da Administração Interna, do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e do Ministério da Economia. É também entidade formadora reconhecida e organismo de normalização sectorial responsável pela coordenação de três comissões técnicas de segurança. Desempenhei as funções de presidente da Direcção entre 2015 e 2018 e, neste momento, sou presidente da Assembleia Geral.

A principal área de actuação da Habitat Portugal é a construção ou reconstrução de casas para famílias carenciadas. Desta forma, consegue colocar em prática a visão da Associação: “Um mundo onde todos têm um lugar digno onde morar”. A questão da pobreza habitacional está longe de estar resolvida. Cada dia aparecem novos casos de famílias que vivem em condições muito longe de serem dignas. A Habitat considera que tem também o papel de tentar consciencializar a sociedade para este problema, não só através da divulgação do trabalho efectuado, mas chamando a atenção para a existência de situações inaceitáveis, onde famílias vivem sem o mínimo de condições. Inserido no projecto SerBC (área da responsabilidade social do Grupo Bernardo da Costa), colaboramos com a Habitat for Humanity desde 2012, doando diversos materiais e equipamentos. Mais significativo do que isso, todos os anos, os colaboradores juntam-se e ajudam eles mesmos na reconstrução das casas intervencionadas pela Habitat.

6. Como se gerem todas estas responsabilidades? Há algum segredo?

Penso que não existe propriamente um segredo. Tenho uma equipa fantástica a quem dou total autonomia e delego grande parte das responsabilidades. Por outro lado, e também muito importante, possuo um suporte familiar incrível, que me dá a estabilidade necessária para poder gerir todos os projectos em que estou envolvido.

7. Foi pioneiro ao criar no Grupo Bernardo Costa um Departamento da Felicidade, em 2017. Qual foi o intuito desta iniciativa?

O Departamento da Felicidade que criamos em 2017 foi uma consequência de um conjunto de acções e benefícios que durante toda a história do Grupo Bernardo da Costa colocamos à disposição dos colaboradores. Desde a fundação do Grupo, em 1957, que existe uma cultura de promover o bem-estar e a felicidade das pessoas que connosco trabalham. Inspirado no Ministério da Felicidade dos Emirados Árabes Unidos, pareceu-me uma excelente iniciativa transpor o mesmo conceito para as empresas. Ter um departamento/responsável que se ocupasse do bem-estar e felicidade das pessoas. O objectivo é também conseguir o melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional de cada uma delas.

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8. É possível averiguar, na prática, se existe uma relação entre a felicidade dos colaboradores, a sua produtividade e a performance financeira das empresas?

Não tenho nenhum indicador mensurável que me permita aferir uma relação directa entre esses parâmetros. No entanto, os resultados positivos que temos conseguido atingir, mesmo em anos de crise económica, associado ao clima e ambiente que se vive nas empresas do Grupo, são para mim mais do que suficientes para perceber que todo o investimento feito na felicidade e bem-estar dos colaboradores é mais do que justificado. Não somos uma empresa perfeita e temos os nossos problemas. Contudo, existe em todas as pessoas uma predisposição para os resolver e pensar no bem comum.

9. Que projectos tem em mente para o futuro?

Iniciámos no mês de Setembro de 2020 um novo projecto “BC Safety” na área da representação e distribuição de equipamentos de protecção individual, com um foco especial na área hospitalar e industrial. Este projecto já estava a ser idealizado há alguns anos e achámos que estava na altura de o colocar em prática.

Por outro lado, a IBD Global continua o seu projecto de expansão internacional, sendo que, em Janeiro de 2021, iremos iniciar a actividade em França. O plano de expansão prevê que, até 2025, possamos estar em 10 países.

Estamos também a equacionar entrar nas áreas do turismo e vitivinícola. Espero também, no início de 2021, ter mais novidades sobre este projecto.

A inovação tecnológica associada ao design fazem dos produtos da PARTTEAM & OEMKIOSKS um caso de sucesso em Portugal.

10. Sendo a PARTTEAM & OEMKIOSKS líder no desenvolvimento e exportação de mupis digitais e quiosques multimédia para o mercado internacional, qual a sua opinião sobre a PARTTEAM & OEMKIOSKS, os seus produtos e a sua estratégia de internacionalização?

A PARTTEAM & OEMKIOSKS é para mim uma referência. Tenho orgulho em ser amigo do Miguel Soares e partilhar com ele muitas ideias e formas de ver os negócios. A inovação tecnológica associada ao design fazem dos produtos da PARTTEAM & OEMKIOSKS um caso de sucesso em Portugal. É com muita satisfação que tenho assistido ao crescimento da empresa, principalmente a nível internacional.

Connecting Stories é um novo espaço editorial conduzido pela PARTTEAM & OEMKIOSKS que consiste na realização de entrevistas exclusivas, direccionadas a personalidades influentes, que actuam em diferentes sectores de actividade.

O projecto, idealizado pela PARTTEAM & OEMKIOSKS, contempla a publicação de histórias de sucesso, por meio de pequenas entrevistas a influenciadores que queiram compartilhar detalhes sobre os seus projectos, opiniões, planos para o futuro, entre outros assuntos.

A ideia é conectar histórias, partilhar conhecimento, desenvolver networking e gerar conteúdos que possam fornecer novas visões, oportunidades e ideias.

Sobre a PARTTEAM & OEMKIOSKS

Fundada em 2000, a PARTTEAM & OEMKIOSKS é uma empresa portuguesa de TI mundialmente reconhecida, fabricante de quiosques multimédia de interior e exterior, equipamentos self-service, mupis digitais, mesas interactivas e outras soluções digitais, para todos os tipos de sectores e indústrias. Para saber mais acerca da nossa história, clique aqui.

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