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Ricardo Guedes de Almeida - Director da Fundación Universitaria Iberoamericana (FUNIBER) - Connecting Stories PARTTEAM & OEMKIOSKS

Ricardo Guedes de Almeida

Director da Fundación Universitaria Iberoamericana (FUNIBER)

Ricardo Guedes de Almeida é, actualmente, director executivo e responsável pela gestão de equipas internacionais na Fundación Universitaria Iberoamericana (FUNIBER), mas já trabalhou (e continua a trabalhar) em diversas áreas: operações, estratégia, gestão, desenvolvimento de negócios, formação empresarial, consultoria e assessoria em gestão, saúde e educação/formação.

Licenciado em Enfermagem, mas com formação em Estudos Biológico-Naturistas e Gestão de Empresas e Administração, Ricardo Guedes de Almeida considera-se “uma pessoa naturalmente curiosa e pró-activa”.

Sempre pronto a “explorar novos e diversos desafios”, Ricardo Guedes de Almeida é um dos convidados especiais na Connecting Stories da PARTTEAM & OEMKIOSKS.

1. Com uma carreira vasta e diversificada, pode falar-nos um pouco sobre a sua jornada e sobre a sua experiência profissional?

Já fiz muita coisa, muitas experiências diferentes, pelo que surge muitas vezes a pergunta: “Isso não gera confusão?”. E normalmente sorrio e rapidamente respondo: “de todo!”.

Comecei na área da saúde, um mundo de aprendizagens e de oportunidades. Fez-me crescer imenso enquanto pessoa e profissional e a ter uma visão muito mais ampla das potencialidades e fragilidades do ser humano.

O contacto com as pessoas despertou-me, desde cedo, várias paixões conexas, como formar/ensinar e como potenciar as mesmas para serem mais e melhores.

Acredito que o conhecimento só é útil se for partilhado, senão morrerá connosco e sem aportar valor ao mundo.

Ao longo do meu percurso, estive sempre em vários projectos ao mesmo tempo, que me estimularam e promoveram a minha necessidade de constante aprendizagem e procura de melhoria e inovação.

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A formação acabou por me levar ao ensino e o ensino à gestão de pessoas e, mais tarde, de instituições.

Passo a passo, fui crescendo, aprendendo e maturando as oportunidades que foram surgindo, até chegar à gestão em mercados internacionais.

A FUNIBER tem sido nos últimos (quase) 10 anos uma fonte de aprendizagens incessantes a vários níveis, que me permitiu crescer enquanto pessoa e profissional. Gerir equipas em contextos totalmente distantes e com realidades sociais totalmente díspares, participar na execução e desenvolvimento em projectos dinâmicos a nível internacional têm sido alguns dos pontos chave neste processo.

Vivemos num mundo que respira a uma velocidade alucinante, e é fundamental ter competências transversais e adaptarmo-nos rapidamente aos novos desafios que surgem. Foi isso que sempre tentei (e tento) fazer, tendo em conta que há um longo percurso pela frente para aprender, crescer e melhorar.

Não podemos gerir instituições sem ter em conta as pessoas. Porque sem pessoas não há instituições.

2. É licenciado em Enfermagem, mas está agora mais ligado à área empresarial e da consultoria. O que o fez mudar de ramo?

Sempre estive ligado a projectos sociais e culturais ao longo da minha vida, de vários tipos e formatos. Mas sempre focado em pessoas. E isso levou-me também à minha área de formação de base – a saúde. Como sempre, procurei saber e aprender mais e acabei por continuar a minha formação e a procurar adequá-la às lacunas que ia sentido ou a conhecimento que procurava.

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A minha experiência na saúde levou-me a potenciar competências de comunicação e gestão que me foram levando a outras experiências e contactos. A formação/ensino e a gestão surgiram naturalmente, sendo algo que adoro fazer e que me motiva todos os dias.

Hoje vejo a minha formação de base como um ponto de partida que me preparou e me tornou mais sensível para a gestão de pessoas.

Não podemos gerir instituições sem ter em conta as pessoas. Porque sem pessoas não há instituições.

3. A área empresarial é uma área estimulante, que exige uma enorme capacidade técnica e criativa, por forma a solucionar os inúmeros desafios que se contrapõem diariamente. Que desafios são estes e como os ultrapassa?

Todos os dias existem desafios para gerir, porque não vivemos dentro de uma “bolha”, mas também porque cada mercado e respectivas pessoas são diferentes e estão igualmente em constante mudança. Esta readaptação constante e identificação de pontos convergentes entre eles necessitam de ser identificados, estratificados e trabalhados. Ou seja, é essencial encontrar pontos de convergência, explorar vantagens competitivas nos pontos de divergência e gerir constantemente expectativas.

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Os desafios que sinto são de vários tipos, mas destaco essencialmente dois: a resistência à mudança e a necessidade de adaptação a contingências altamente dinâmicas.

Não há fórmulas mágicas nem adaptáveis a todos. Acredito, no entanto, que existem três palavras-chave para ultrapassar desafios – a chave dos 3P:

  • Paciência;
  • Persistência;
  • Perseverança.

É fundamental reflectir correctamente nos temas, trabalhar em e com as nossas equipas, escutando-as e promovendo uma comunicação correcta, bem como tomar decisões com base em factos.

Quando trabalhamos com equipas que estão em países diferentes, com realidades diferentes, fusos horários diferentes, entre outros, existe uma multiplicidade de factores a ter em conta, pelo que é fundamental manter a visão a 360º de todos, procurando garantir que a comunicação seja eficaz e adaptada ao contexto.

4. Embora actue em economias diversas (operações, estratégia, gestão, desenvolvimento de negócios, formação empresarial, consultoria e assessoria em gestão, saúde e educação/formação), especializou-se maioritariamente em saúde. Que relação pode ser estabelecida entre a saúde e estas áreas de intervenção?

A saúde centra-se no ser humano – base de todas as instituições e operações. E foi esta base da saúde que me levou a procurar e a promover outras competências e conhecimentos, como as de gestão.

Para gerir, é necessário compreender o fenómeno biopsicossociocultural que envolve as pessoas. Uso muitas vezes a expressão de que, antes de sermos profissionais, somos pessoas.

Foi esta compreensão multi-factorial e 360º que me potenciou um pensamento integrado e alargado, que todos os dias me agrega valor em cada acto.

Colaborar é fundamental para crescer.

5. Que aspectos, nomeadamente políticos, culturais ou outros, considera de maior pertinência para o sucesso/insucesso da internacionalização das empresas portuguesas nos mercados Europeu e Africano (tendo em conta que estes têm sido o seu foco)?

Cada mercado é diferente. A complexidade das realidades sócio-culturais obriga a um conhecimento profundo de cada uma delas. Portugal é um país pequeno em termos de dimensão, mas com significativas diferenças culturais, com, por exemplo, apenas 300 kms de distância entre dois pontos.

Se isto acontece num país tão pequeno, facilmente extrapolamos para contextos ainda mais díspares, quando falamos de mercados e culturas tão diferentes.

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Acredito que o sucesso da internacionalização dependerá em grande parte da forma como as empresas conseguem implantar-se e conhecer a realidade e de como integram nos seus quadros pessoas com este conhecimento.

Será também fulcral a forma colaborativa de trabalho. Existem hoje várias instituições que contam com larga experiência nestas questões e que podem ser de enorme auxílio. Recordo sempre uma expressão que ouvi numa conferência (e que me faz todo o sentido): “muitos negócios falham porque não pedem ajuda a quem conhece a realidade”. Colaborar é fundamental para crescer.

6. Construir melhores relações com as pessoas ao nosso redor pode ser um objectivo muito produtivo dentro das organizações, a fim de alavancar o potencial de uma equipa. Como director da Fundación Universitaria Iberoamericana (FUNIBER), quais são as melhores formas de atingir este objectivo?

Primeiramente, é preciso estar junto das pessoas, compreendê-las e escutá-las. Dale Carnegie, em 1936, já chamava a atenção para este facto. O nosso foco deve centrar-se sempre nas pessoas, dentro e fora das organizações.

Todos possuímos em nós um potencial e capacidade de evolução. Cabe ao gestor observar e dar condições para que o potencial se manifeste, e que se passe da intenção de mudar à efectiva mudança.

Inúmeros estudos mostram que colaboradores satisfeitos são mais produtivos e mais leais. Cabe-nos a nós criar as condições para que assim seja.

7. Como fundador e CEO da Triple Knowledge – uma organização de assessoria e consultoria empresarial –, como encara o empreendedorismo na actualidade?

É fundamental. Vivemos num mercado altamente dinâmico e, como tal, não há outra forma senão estar em constante processo de inovação e empreender em novos projectos e dinâmicas.

Hoje não se gere como há 20 anos. Daqui a 10 anos não se irá gerir como se gere agora. As empresas têm de entender este processo, contrariar a resistência à mudança e promover a inovação para que floresçam e cresçam.

8. E em Portugal? Considera o empreendedorismo benéfico para a sociedade e para a economia?

Sim, indubitavelmente. Acredito piamente que Portugal é um país riquíssimo em profissionais de topo e em potencialidades em imensas áreas. Já o provámos ao longo de centenas de anos e continuamos a marcar a diferença a nível mundial. Se temos a matéria-prima, cabe-nos criar as condições para que se promovam estes processos. Só temos a ganhar com isso, se (e quando) existirem de forma sustentável, promovendo a geração de valor.

O digital é parte da nossa realidade e devemos utilizá-lo a favor das organizações.

9. Como empreendedor, e sendo a PARTTEAM & OEMKIOSKS líder no desenvolvimento e exportação de mupis digitais e quiosques multimédia para o mercado internacional, que relevância tem, na sua opinião, o digital na estratégia e na internacionalização de uma empresa?

O digital é absolutamente incontornável. Não podemos fugir a essa realidade e temos de preparar pessoas e organizações para serem vanguardistas nesse processo. É fundamental investir nesta realidade, de forma coerente e organizada, mas também na literacia digital e no que esta envolve. Ainda existe muita iliteracia nesta área, mas é um tema que está a ser abordado e que se encontra na agenda de vários players de mercado. Posso adiantar, em primeira mão, que é uma das minhas áreas de interesse e que tenho um projecto no forno com a Inês Coelho (actual Head do Digital dos CTT) para potenciar a aquisição de competências nessa área.

O digital é parte da nossa realidade e devemos utilizá-lo a favor das organizações, para que possam estar preparadas para o futuro e para gerar valor com o trabalho nele.

Connecting Stories é um novo espaço editorial conduzido pela PARTTEAM & OEMKIOSKS que consiste na realização de entrevistas exclusivas, direccionadas a personalidades influentes, que actuam em diferentes sectores de actividade.

O projecto, idealizado pela PARTTEAM & OEMKIOSKS, contempla a publicação de histórias de sucesso, por meio de pequenas entrevistas a influenciadores que queiram compartilhar detalhes sobre os seus projectos, opiniões, planos para o futuro, entre outros assuntos.

A ideia é conectar histórias, partilhar conhecimento, desenvolver networking e gerar conteúdos que possam fornecer novas visões, oportunidades e ideias.

Sobre a PARTTEAM & OEMKIOSKS

Fundada em 2000, a PARTTEAM & OEMKIOSKS é uma empresa portuguesa de TI mundialmente reconhecida, fabricante de quiosques multimédia de interior e exterior, equipamentos self-service, mupis digitais, mesas interactivas e outras soluções digitais, para todos os tipos de sectores e indústrias. Para saber mais acerca da nossa história, clique aqui.

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