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Pedro Couto - Fotógrafo de Retrato - Connecting Stories PARTTEAM & OEMKIOSKS

Pedro Couto

Fotógrafo de Retrato

Apaixonado por fotografia desde novo e incentivado pelo gosto do pai, Pedro Couto sempre conviveu com máquinas fotográficas e sempre demonstrou vontade de captar momentos e paisagens. Especializado em retratos, Pedro Couto fotografa as pessoas tentando encontrar a sua melhor expressão, treinando o cliente a ficar bem nas fotografias.

Para além disso, Pedro Couto é membro da Headshot Crew, de Peter Hurley (a maior equipa mundial de fotógrafos de retratos), e é editor gráfico do jornal “Viver a Nossa Terra”, de Ribeirão, Vila Nova de Famalicão. Com uma carteira de clientes muito variada, Pedro Couto fotografa também produtos, instalações, acções e equipas.

Inspirado, sobretudo, pelo Gerês, pelo Porto e pelas pequenas coisas do quotidiano, o fotógrafo ribeirense é um dos convidados especiais na Connecting Stories da PARTTEAM & OEMKIOSKS.

1. Como e quando surgiu a paixão pela fotografia? Pode falar-nos sobre a sua jornada e sobre a sua experiência profissional?

Sempre gostei de fotografia. Era um passatempo do meu pai e o gosto passou para mim e para os meus irmãos. A minha formação, no entanto, é de informática de gestão. Exerci na área de sistemas de informação na indústria gráfica durante 12 anos, até decidir começar um negócio próprio. A princípio fazia álbuns fotográficos de cerimónias para outros fotógrafos e de diversos temas para particulares. Como forma de divulgar a actividade, apostei em partilhar nas redes sociais fotografias que tirava nos tempos livres. Rapidamente começaram a chegar pedidos de telas para decoração, workshops de fotografia e fotografia de produto. Fui montando o estúdio com alguns equipamentos de iluminação básicos e aprendendo muito com cada desafio que me era proposto.

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Um dia, um amigo pediu-me que o retratasse, pois ia ocupar um cargo público e precisava de uma imagem pessoal adequada. Naturalmente, procurei saber como é que se fazia e, alguns dias depois, chamei-o para fazer o trabalho. Correu muito bem e achei que era um tipo de trabalho muito interessante, que podia explorar.

2. Apesar de fotografar um pouco de tudo, destaca-se como fotógrafo de retratos. O que o atrai mais nesta especialização, se assim podemos dizer?

Antes de tudo, queria evitar o mercado da fotografia social. A maior parte das cerimónias são ao fim-de-semana e prefiro ocupar esse tempo com a família. Por estas razões, quis focar-me na fotografia industrial (produto e processos de fabrico) e no retrato. Costumo dizer “retrato profissional”, mas refiro-me à profissão do cliente. É uma área que está a crescer, porque toda a gente precisa de um retrato. Cada vez mais se dá importância a saber com quem é que se está a lidar e os profissionais estão a ganhar consciência de que se têm que apresentar de forma convincente. A primeira impressão é dada pela fotografia. Ter-me especializado em retrato permite-me conhecer pessoas interessantíssimas, de todo o país, que me procuram pelo meu estilo.

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Todos os rostos são interessantes e têm potencial.

3. Costuma dizer que consigo “toda a gente é fotogénica”. Como se consegue tal?

É verdade. Todos os rostos são interessantes e têm potencial. Todos, sem excepção. Nem todos podemos ser modelos, mas toda a gente consegue uma expressão que transmita confiança e amabilidade. É aqui o foco essencial do meu trabalho: interagir com a pessoa de forma a conseguir que a expressão seja natural. Vou com os clientes para o espelho explicar-lhes o que é que podem fazer com as sobrancelhas, olhos, boca, pescoço, cabelo, todos os aspectos do rosto e da postura.

Nas minhas sessões há sempre boa disposição e boa conversa. Gosto de conhecer as pessoas e de as deixar à vontade. Mas não estou sempre a elogiar o cliente. Quando estamos a fazer alguma coisa errada, analisamos e corrigimos. É um processo muito interactivo em que o fotografado participa, dá opinião. Conseguimos que aquele ar pasmado que fazemos nas fotografias deixe de acontecer.

4. As pessoas costumam trazer ideias pré-concebidas dos resultados das sessões fotográficas?

Sim, muito. Infelizmente. O normal é dizerem-me: “não sou nada fotogénica”. Ouço isso tantas vezes que escrevi um artigo no meu site. Às vezes mostro-lhes, para verem que quase toda a gente pensa assim.

A maioria das pessoas tem uma imagem diminuída de si própria. Vêem-se com defeitos no rosto e vivem aquilo diariamente. Quantas vezes ouvimos “não me tires fotos”? Quantas vezes vemos pessoas a tirar fotos ao espelho com o telemóvel a tapar a cara? É sinal de grande insegurança acerca do seu próprio aspecto. No entanto, não se cansam de elogiar as outras pessoas. Porque é que não aceitamos um elogio também? Nascemos com este rosto e vamos viver sempre com ele. É o nosso e é único! Devemos aceitá-lo como uma coisa positiva.

5. Que feedback tem tido das pessoas?

O melhor possível. Já várias pessoas me disseram que lhes mudei a vida, outras que começaram a ter muito mais confiança quando são fotografadas. No essencial, percebem que, de facto, todos somos bonitos e que até essa altura não tinham sido fotografados por quem os tenha sabido ensinar.

Tenho exemplos de pessoas que retratei há anos e que sempre que me vêem, me dão um abraço. Há um impacto muito positivo que sentem por lhes ter mostrado que são afinal fotogénicas. É muito bom perceber como é que, com o nosso trabalho, conseguimos tocar tão fundo na vida das pessoas.

O que define um fotógrafo é o seu estilo e forma de trabalhar.

6. Nesta área, é preciso mais do que um bom equipamento para se ser um bom fotógrafo. Na sua opinião, o que o distingue de outros fotógrafos?

Todos os fotógrafos precisam de equipamento. Mas há uma ideia errada de que é o material que faz as fotos. O que define um fotógrafo é o seu estilo e forma de trabalhar. Eu optei por me dedicar a estas áreas e estou a ganhar o meu espaço. Como lido muito com pessoas, tenho que agir naturalmente porque só assim é que consigo empatia com os clientes. Diria que o meu estilo é o reflexo da minha personalidade.

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7. Já ganhou alguns prémios de fotografia ao longo dos anos. Há algum que se destaque especialmente? Porquê?

Destaco, sem dúvida, o primeiro. Foi uma menção honrosa com uma fotografia de camélias congeladas. O processo até conseguir congelar as flores foi interessante e o resultado intrigante. Gosto de fazer fotografias com coisas que todos temos em casa, sem recorrer a muito equipamento, e explicar às pessoas como é que se chegou ao aspecto final. Às vezes basta usar o telemóvel e controlar a luz do Sol para termos uma fotografia boa. É um excelente passatempo.

8. Também já viu alguns dos seus trabalhos expostos. Que exposição lhe deu mais gosto preparar?

Não posso dizer que foi só uma. A exposição “O Meu Porto”, na Casa das Artes de Famalicão, correu muito bem. Tive liberdade para escolher o tema e decidi partilhar a minha forma de viver a cidade do Porto. A exposição foi visitada por muita gente e o feedback muito positivo. Mas tive outra exposição – “Retratos de Sabedoria” –, para a qual tive oportunidade de retratar 15 idosos residentes na Fundação Casa do Paço. Foi uma experiência extraordinária conversar com aquelas pessoas e saber a história de vida de cada uma. Normalmente sou eu que falo nas minhas sessões, mas ali era eu que ouvia.

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9. Tem transmitido este gosto pela fotografia aos seus filhos e a quem o rodeia?

Sim, sem dúvida. Principalmente alertando para a necessidade que temos de nos registarmos para a posteridade. Gostamos de ver as fotografias dos nossos antepassados, mas estamos a ter pouco cuidado em deixar recordações para os nossos descendentes. Isto é muito importante. Que fotografias nossas é que os nossos netos e bisnetos vão ter para saber como éramos? E quando é necessário, também dou umas dicas sobre fotografar outras coisas, já que toda a gente anda agora com a máquina no bolso e, com um bocadinho de cuidado, conseguimos criar fotografias bonitas.

Pertenço a um grupo de fotógrafos de todo o mundo em que a partilha de conhecimento é permanente. Não nos vemos como concorrentes, mas como colegas de profissão que evoluem juntos.

10. No que diz respeito à formação, como é que um fotógrafo consegue evoluir?

Eu comecei por ler revistas estrangeiras que assinava na minha adolescência. Não havia Internet. Comprei muitos livros também. Até certo ponto, fui auto-didacta e aprendi com tentativa e erro. Quando percebi que fazer retrato profissional era uma área de negócio com potencial, fui fazer formação específica com o Peter Hurley.

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E a formação continua, sempre. Há sempre coisas novas para aprender, técnicas de iluminação, marketing, redes sociais. E o que fazer na interacção com os clientes. Pertenço a um grupo de fotógrafos de todo o mundo em que a partilha de conhecimento é permanente. Não nos vemos como concorrentes, mas como colegas de profissão que evoluem juntos.

11. Que projectos tem para o futuro?

Abrir caminho no mercado da fotografia de retrato, sem dúvida. Toda a gente precisa de um retrato! Tenho um estúdio grande e muito agradável que permite uma grande flexibilidade tanto para receber clientes, como para fotografar produtos. Na fotografia empresarial e industrial, pretendo alargar o leque de firmas que trabalham comigo.

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Pedro Couto - Fotógrafo de Retrato - Connecting Stories PARTTEAM & OEMKIOSKS

12. Sendo a PARTTEAM & OEMKIOSKS uma empresa que desenvolve e fabrica quiosques multimédia, equipamentos self-service, mupis digitais, mesas interactivas e outras soluções digitais para todo o tipo de indústrias, que relevância pode ter, a seu ver, a fotografia, na estratégia digital da empresa?

A fotografia é fundamental em diversos aspectos. A primeira coisa que queremos ver de um produto é o aspecto. A fotografia tem que ser boa, porque o nível de exigência dos clientes é, actualmente, muito grande. Depois, queremos demonstrar que a produção é própria. É preciso mostrar alguns processos de fabrico e instalações e dar garantia ao cliente de que não está a comprar artigos importados.

Por último, mas não menos importante, o cliente quer conhecer as pessoas que formam a empresa. E valoriza-se muito quando vamos ao “Sobre nós” de um site e encontramos lá os rostos dos colaboradores, com uma linguagem coerente e uma imagem uniforme.

Connecting Stories é um novo espaço editorial conduzido pela PARTTEAM & OEMKIOSKS que consiste na realização de entrevistas exclusivas, direccionadas a personalidades influentes, que actuam em diferentes sectores de actividade.

O projecto, idealizado pela PARTTEAM & OEMKIOSKS, contempla a publicação de histórias de sucesso, por meio de pequenas entrevistas a influenciadores que queiram compartilhar detalhes sobre os seus projectos, opiniões, planos para o futuro, entre outros assuntos.

A ideia é conectar histórias, partilhar conhecimento, desenvolver networking e gerar conteúdos que possam fornecer novas visões, oportunidades e ideias.

Sobre a PARTTEAM & OEMKIOSKS

Fundada em 2000, a PARTTEAM & OEMKIOSKS é uma empresa portuguesa de TI mundialmente reconhecida, fabricante de quiosques multimédia de interior e exterior, equipamentos self-service, mupis digitais, mesas interactivas e outras soluções digitais, para todos os tipos de sectores e indústrias. Para saber mais acerca da nossa história, clique aqui.

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